A escolha do deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA) para comandar o Ministério das Comunicações deve desencadear uma nova disputa interna no União Brasil pela liderança do partido na Câmara. Integrantes da cúpula nacional da legenda dizem que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), quer emplacar o deputado Juscelino Filho (União-MA), que acabou de sair da pasta de Comunicações, na liderança do partido, mas uma ala de deputados da legenda não concorda.
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Pedro Lucas é aliado próximo do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, e é o atual líder do partido na Casa. Ele vai sair do cargo para assumir o ministério, com posse prevista para o final do mês. A troca na pasta das Comunicações acontece após Juscelino Filho sair do cargo por ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeitas de desvios em emendas parlamentares.
Juscelino é apadrinhado pelo presidente do Senado, que agora tenta uma maneira de compensar o aliado pela saída da pasta com a liderança do partido na Câmara.
O processo de escolha para Pedro Lucas se tornar líder do partido também foi conturbado. A legenda chegou a se reunir em dezembro do ano passado para tentar definir o líder, mas a falta de acordo adiou a definição para o final de janeiro. Integrantes do partido dizem que os conflitos daquela época são similares aos de agora.
Deputados da legenda resistiam a endossar um nome indicado pela direção nacional do União e queriam fazer uma eleição em vez de escolher por acordo o nome apontado pela cúpula do partido. O que deve se repetir agora.
– A bancada quer votar no novo líder – disse o deputado Danilo Forte (União-CE).
Os deputados Mendonça Filho (PE) e Damião Feliciano (PB) chegaram a concorrer contra Pedro Lucas, mas retiraram as candidaturas após Rueda conseguir maioria a favor de seu aliado.
Agora, o entendimento é que o cenário é diferente e que Alcolumbre não tem força suficiente para emplacar Juscelino. O deputado Moses Rodrigues (CE) é citado como um dos que avaliam concorrer para ser líder, mas integrantes do partido dizem que mais deputados também devem se colocar na disputa.