
Demitido do cargo sob críticas do próprio presidente Luiz Inácio da Silva, o agora ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT-RS), aproveitou a passagem de cargo para o publicitário Sidônio Palmeira, no Palácio do Planalto, para defender seu legado nos dois anos de gestão. Em sua despedida, o gaúcho procurou dar ênfase à faceta de “militante do partido”, mas também admitiu resultado aquém do esperado na comunicação.
Logo no início de seu discurso, Pimenta se autodenominou como “petista raiz” e relembrou suas “experiências” ao lado de Lula, na fundação do Partido dos Trabalhadores, e também na Câmara dos Deputados, como parlamentar.
“Eu sou um petista raiz, tive a oportunidade de conhecer o presidente em 1982. De certa forma, a minha presença neste ministério é também uma representação desses milhões de militantes anônimos. Tenho certeza que vamos entregar para o Sidônio uma Secom muito melhor do que a encontramos aqui. Nós organizamos a casa. Recuperamos uma relação de respeito com os veículos de comunicação”, defendeu.
Em seguida, porém, Pimenta fez uma mea culpa e admitiu que o governo Lula não está conseguindo os resultados que deveria na área da comunicação. “Acho que o presidente tem razão por querer uma sacudida na comunicação. Quando a gente sabe que o time é bom e o resultado não está o que a gente espera, o técnico [Lula] tem obrigação de dar satisfação à torcida”, complementou.
Por fim, o ex-ministro disse que sempre teve “carta branca para trabalhar” e avaliou que o desafio do seu sucessor é “enorme”. “O debate sobre as mídias digitais e o papel das fake news não desafia só o Brasil. Vou ter muito orgulho de dizer aos meus netos: nós também estávamos lá com Lula para fazer desse país um país melhor”, concluiu.
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